* Paura - Drive by fire
Torcer é uma parada realmente impressionante, eu sou daqueles torcedores fanáticos, se morasse em São Paulo com certeza iria em todos os jogos do Corinthians, pois moro em Uberlândia e pago o PFC para assistir.
Pra mim torcer é um fanatismo, você ama o clube a qualquer custo, sendo alegre nas vitórias e triste nas derrotas, mas sempre estufando o peito e falando, é meu time.
Quando o Corinthians caiu, chorei, e poucas vezes eu chorei, com algo não relacionado a morte de meus parentes, meu pai não entende, alias ele não entende como pode alguém pagar R$150 em uma camisa de futebol, e sair na rua para um outro torcedor encrencar, mas ele não possui o fanatismo que eu possuo, e como a torcida do Newcastle demonstrou hoje.
No final do jogo do Grêmio e Botafogo fui assistir Aston Vila e Newcastle, aconteceu uma coisa que eu fiquei de cara.
Mauro Cezar Pereira, descreve melhor o fato em seu blog.
Minha filha tem 11 anos e há aproximadamente quatro escolheu um time para torcer. Obviamente fiquei feliz pelo interesse da menina por futebol, mas alertei: "Agora você não pode trocar, terá que ficar ao lado desse clube para sempre, até o fim, aconteça o que acontecer".
Ela não virou casaca. Para quem gosta de futebol, torcer é a melhor parte. O sofrimento das derrotas é recompensado pela euforia das vitórias. E quando elas demoram, a alegria é mais rica, maior, como se ficasse guardada, sendo acumulada numa caderneta de poupança durante anos. Torcer para o mais forte, para o melhor? Deixemos para quem não gosta de futebol.
A paixão do torcedor é algo incondicional. Você simplesmente ama um time, a ponto de acompanhá-lo todo o tempo. Em "las buenas y en las malas", como cantam as hinchadas argentinas. Não por acaso a fidelidade ao clube de coração é o maior orgulho do verdadeiro torcedor.
Fã do Newcastle chora na arquibancada após a derrota para o Villa
Imagine uma agremiação com 127 anos de existência e mirrados quatro campeonatos nacionais, o mais recente (?) há 82 temporadas. Para aliviar (?) um pouco o jejum, são seis Copas, mas a última conquistada 54 anos atrás.
O time não faz boa campanha desde a temporada 2002/2003, quando foi terceiro. Para piorar, passou os últimos meses lutando contra o rebaixamento. Mesmo assim, em média 48.750 pessoas pagaram para ver seus jogos em casa, no estádio que comporta 52.387. São incríveis 93% de ocupação.
Este é o Newcastle United, que caiu para a segunda divisão da Inglaterra. Na última rodada da Premier League, dependia de tropeços de Sunderland ou Hull City, que perderam. Mas aí precisaria pelo menos empatar com o Aston Villa. Foi derrotado. E com gol contra do irlandês Duff.
O ex-jogador do Chelsea é um dos vários nomes destacados, de seleção, que os Magpies contrataram nas últimas temporadas. Sem sucesso. Os seguidos fiascos culminaram no rebaixamento. E a queda se confirmou sob o comando do maior ídolo recente, Alan Shearer.
Torcida do Newcastle perplexa em Birmingham com a derrota para o Aston Villa
O ex-artilheiro assumiu o barco em meio à tempestade tentando livrá-lo do naufrágio. Não deu, mesmo contando com nomes de peso, casos de Coloccini, Joey Barton, Oba-Oba Martins, Alan Smith, Jonás Guttiérrez, Gerémi, Nick Butt, Løvenkrands, Viduka e o outrora badaladíssimo Michael Owen.
Os torcedores presentes ao Villa Park, em Birmingham, sofreram, choraram e no final aplaudiram
Se o video não funcionar, clique aqui
Quando a próxima temporada começar, os adversários não serão Manchester United, Chelsea, Liverpool, Arsenal, e sim Barnsley, Plymouth, Doncaster, entre outros times pequenos, quase inexpressivos.
Mas a torcida estará lá, lotando Saint James' Park, como sempre. É assim na Inglaterra, na Argentina, na Alemanha, no Brasil. A explicação é simples: melhor do que vencer é ter um time pelo qual torcer.
Saint James Park: casa sempre cheia nos jogos do Newcastle United
24 de maio de 2009
Torcer é foda!
Postado por Deadfish_ às 19:15
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