25 de novembro de 2008

The Corporation

* RDP - Qual será o próximo alvo da Amerikkka?

Fiz essa reflexão, para um trabalho de Sociologia Juridica, que é ministrada pelo Professor David Francis, no primeiro bimestre ele passou um documentario bastante interessante que eu recomendo todos a assistirem Inconvenient Truth (Uma Verdade Inconveniente), agora ele indicou The Corporation, é grande mais eu gostei dele, a seguir reparticiono com vocês leitores que se interessam por esse assunto, minha reflexão:
O Documentario feito em 2004 pelos diretores Mark Achbar e Jennifer Abbott baseado no livro The corporation - the pathological pursuit of profit and power de Joel Bakan, fala como a sociedade enfrentou e ainda enfrenta a "idéia" de como as grandes corporações dominam o mundo, no inicio do documentário há duas falas bastante interessantes, a primeira diz respeito sobre o ínicio das corporações, no começo da era industrial em 1712 quando Thomar Newcumen construiu uma maquina que puxava a água do poço, adiantando o trabalho das pessoas. A outra fala é quando as corporações se tornaram indivíduos, e isso faz com que eles se apóiem nas premissas da 14ª Emenda Constitucional dos Estados Unidos, que proíbe ao Estado negar a qualquer pessoa sob sua jurisdição, uma proteção igualitária perante a lei. Um grande exemplo disso foi que entre 1890 e 1910 dos 307 casos que foram julgados amparados pela 14º Emenda, 288 estavam relacionados a corporações e, apenas 19 a afro-americanos que são o fator primordial para a criação de tal Emenda.

Com o decorrer dos anos as empresas visaram sempre o lucro, fazendo de tudo para cada vez ganhar mais, diversas empresas exploram mão-de-obra semi-escrava em países do terceiro mundo, onde os trabalhadores ganham misérias e, muitos são crianças, que trabalham para sustentar as famílias, a Coca-Cola na época da 2º Guerra Mundial criou a Fanta Laranja, pois como a Alemanha estava em Guerra com os Estados Unidos, eles não "consumiam produtos norte-americanos" fazendo um boicote a coca, assim a Fanta Laranja foi implementada no mercado e era vendida na Alemanha, dando lucro para sua fabrica nos Estados Unidos, uma grande dúvida passou pela minha cabeça, para mim o conceito de Guerra é para acabar com aquilo que prejudica quem está guerreando, mas as corporações que investiam na Alemanha não se importavam com isso, como a IBM que visando sempre o lucro, forneceu os computadores para fazer cadastros dos judeus nos campos de concentração, percebe-se então que o mais correto para essas empresas é o lema: "não importa o que aconteça, o importante é eu ficar rico..."

Alguns trabalham para que as corporações parem de dominar o mundo, e é impressionante como eles manipulam a população, buscando nas crianças um público essencial, com estereótipos de fantasia, fazendo com que elas queiram utilizar um determinado produto ou comer o sanduíche tal em determinado restaurante pois ele tem um palhacinho legal, e os pais fazem o que seus filhos exigem, e o legal no sentido mais irônico que essa palavra possa possuir é que as corporações se ajudam, foi retratado no documentário uma dupla de apresentadores que estava desenvolvendo um novo projeto de programa para a FOX, ele iria mostrar por trás das corporações, depois de todo o trabalho feito, com levantamento de pesquisas, documentos originais, que mostravam que uma empresa danificava o leite que 80% da população norte-americana utiliza, injetando hormônios nas vacas para que elas produzissem mais leite, foram reprimidos, demitidos e no julgamento em segunda estância perderam a indenização que tinham recebido, as "Corporações são como tubarões. Têm objetivos bem definidos, são frias e não param enquanto não atingirem suas metas. O problema é que sua fome é incessante e, portanto, promovem mortes e desgraças sem que tenhamos qualquer idéia quanto a se isso irá parar algum dia..." como não possuímos essa idéia as pessoas estão indo a luta, sendo um aspecto positivo para tentar inibir as corporações, Michael Moore, um grande autor de documentários, faz diversos depoimentos neste, uma hora ele fala que é impressionante como eles(as corporações) financiam seus projetos, sendo que ele fala mal, e muito mal delas, elas não se importam com isso, importam com a divulgação da sua imagem gerando mais lucro, e o povo nem vai lembrar disso amanhã...

Mas não, o povo lembra sim, como as questões ambientais, estão discutindo como será o mundo em 2025, nós mesmos estamos falando desse assunto a quase 2 meses, sempre que há uma brecha ele entra na nossa discussão , o que é bastante bom, pois assim aos poucos a mentalidade das pessoas vão mudando.

Pode-se dizer que as corporações estão dominando as nossas vidas, até a água na Bolívia eles tomaram conta, foi um fato sinistro, pois nem água das chuvas podiam ser utilizada, o povo foi as ruas, buscou seus direitos e conseguiu a água de volta, "pois o povo unido jamais será vencido" um manifestante boliviano que prestou depoimento ao documentário disse isso, gerando um ponto positivo em uma sociedade capitalista, que visa sempre o lucro impondo normas e marcas para as pessoas.

Assim as maçãs-podres que no inicio do documentário são citadas, nada mais são que grandes corporações norte-americanas envolvidas em escândalos que abalaram o mercado financeiro, crescem cada vez mais e eu não imagino quem possa dete-las de uma vez, quem sabe com o passar do tempo, todos envolvidos nessa causa poderemos mudar esse cenário, já não estamos trabalhando para que nossos netos possam viver num mundo melhor, porque não já começar a trabalhar para que os netos deles não presenciem esse mundo que tem interesse somente pelo dinheiro.


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